-Kate. - Respondi vagamente como se estivesse a avaliar perigo. E estaria?
-Pareces... perdida - Analisou.
Começou a avançar e senti-me presa.
-Mas não estou. - Respondi tentando avaliar o tamanho da mentira.
-Passa-se alguma coisa? - Perguntou parecendo preocupado.
Não resisti. Deixei-me cair nos seus braços como se precisasse de força para estar em pé.
Sim, só queria era ir para os braços dele sem ele desconfiar.
-Kate! - Começou a bater levemente na minha cara e eu rolei os olhos dramaticamente.
Lindo, parecia uma adolescente e não uma vampira astuta.
-Dói... - Murmurei com falta de ar.
Agora já nao estava a fingir. Estava mesmo algo a magoar-me, na zona do peito...
Percebi que estava esmagada contra ele, o meu peito estava completamente idolatrado a ele. Olhei-o sem compreender e ele fitou-me desviando o olhar atrapalhado logo de seguida. Ajudou-me a levantar.
-Desculpa. - Pediu.
-Não tens que me pedir desculpa, eu só me passei um bocado, demasiada emoçao digo eu.
-Que fazes aqui em Volterra? - Perguntou parecendo interessado.
-Hum...nada.
-Nada? Vieste ter com os Volturi e nao é nada? - Perguntou parecendo descrente.
-Assuntos de...familia. - Tentei nao me focar na beleza dele.
-És da familia dos Volturi? - Parecia que a minha conversa o estava a baralhar.
-Ah...não, bem, foram problemas de familia. - Indiquei enquanto ele se virava e vi a camisola a marcar os musculos do peito.
Mordi os labios para nao me precipitar.
-Ah...espero que nada de especial nao? Era uma pena aplicarem justiça em alguem tao lindo como tu - Sorriu-me.
Fiquei admirada com aquele elogio, tentei relembrar, durante a minha vida onde vivi um tanto de modo selvagem, se alguma vez tinha ligado para a minha beleza. Não. Eu apenas me ocupava a idolatrar a beleza dos meus companheiros. Não me via a um espelho desde...não sabia. Olhei intrigada para Diego.
-Sim, és mesmo linda. - Murmurou acenando em direcçao ao centro da cidade.
Pensei que quisesse dar um passeio mas ele estacou em frente a uma montra. Olhei surpresa e antes de olhar o reflexo olhei para os artigos expostos. Que vergonha! Ele tinha parado em frente a uma loja de lingerie! Estaria a insinuar alguma coisa? As minhas maos voaram até á clavicula, expeculativas.
-O reflexo. - Lembrou.
Foi entao que a vi. Fiquei com medo de a ver. O cabelo voava á volta do corpo com reflexos vermelhos e era tao volumoso como a cauda de uma raposa. A boca abria-se com apreensao e expeculaçao, os olhos eram da cor normal dos vampiros, mas pareciam combinar apenas perfeitamente com o resto do corpo. Só me reconheci pelas roupas que trajava.
-Uau. - Murmurei.
-És da floresta. - Tentou adivinhar.
-Perto...tive umas confusoes. - Esclareci.
-É uma pena.
-O que é uma pena? - Já estava desconfiada.
-Nunca te ter visto antes. - Um sorriso regressou aos seus labios.
Senti que ia voar, sim, sensaçao aparvalhada de adolescente.
Que se passava comigo? Já nao tinha idade para ter juizo?
-Queres ir a algum sitio? - Perguntou parecendo querer estar mais tempo comigo.
-Hum...eu queria ir caçar, depois vemo-nos. - A minha resposta fê-lo soltar um suspiro.
-Podes confiar em mim, só quero ser teu amigo. Podemos ser amigos certo?
Tentei afastar qualquer sensaçao pateta.
-Se quiseres... - Murmurei. - És livre de vir.
-Que queres caçar?
-Humanos, o que haveria de ser? - Perguntei espantada.
Ele fixou-me atonito.
-Caças humanos? - Perguntou como que a sufocar.
Olhei-o pensando que tivesse elouquecido.
-Que querias que caçasse? Pardais?
Só entao reparei na cor dourada dos seus olhos. Estava tao habituada á mesma cor em todos os olhos que já nem reparava nos olhos no geral.
-Os teus olhos! - Exclamei surpreendida. - Não és um vampiro pois não?
Senti surpresa pela realidade ser tao obvia. Senti confusao por ter caído na mentira, e ilusao por ele ter dado uma gargalhada.
-Que idade tens? - Perguntou me.
-Mais de trezentos anos. - Cuspi orgulhosa.
Ele assobiou baixo.
-Ainda nao cheguei aos duzentos anos. - Admitiu.
Nao baixei a guarda. Era mais forte que ele, mas ele...era tao musculoso tambem...
-Sou um vampiro. Bebo sangue animal, o unico sangue humano que bebo é de recolha. - Explicou - É a razao da cor dos meus olhos.
Suspirei calmamente. Tinha sido um pouco...estupida. Ele nao parecia querer-me fazer mal.
-Desculpa - Disse por entre dentes cerrados.
-Não á necessidade de matar - Tentou explicar. - Vem comigo caçar. Vais ver que te vais sentir bem, eu protejo-te. - Declarou agarrando a minha mao.
Larguei-a logo como instinto. senti-me arrependida e vi que ele estava angustiado. Virei a cabeça fora da direcçao dos seus olhos e fingi observar a area. Enquanto corriamos, de forma a que ele nao notasse, dei-lhe a mao suavemente e fingi que tinha sido um acaso.
Podia ter sonhado, mas vi um brilho semelhante a lagrimas naqueles olhos dourados reluzentes que compunham um arco iris perfeito com o por do sol.
Eu nao me reconhecia. Eu ia...caçar animais com um desconhecido?
Uma parte de mim que nao o conhecia, rejeitava e dizia que eu devia dizer adeus.
Mas opurtunidades de se encontrar quem nos faz felizes nao aparecem todos os dias. Sofrer nao pode ser assim dificil, sofrer deve ser limitado. Eu ja tinha amado, sofrido. Agora queria amar novamente, desta vez, queria amar um desconhecido, amar como amigo.
Não podia haver problema em amar um amigo pois nao?
Ok, sejam sinceros, digam o que gostaram, o que odiaram...enfim, comentem lool
:D peço isso, e quero avisar que no proximo capitulo serao alguns meses ou anos adiantados! Nao vou pôr capitulos com eles a conhecerem se, ficam a saber que este "foram caçar juntos" quer dizer que foram conhecer se melhor.
Muito repentino? Desculpem!
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