O sabor da cobardia dava-me um travo amargo na boca. Diego estava a espera de mim.
Se tinha que dar as minhas recordaçoes para ter Diego ao meu lado...
Preferia ficar sozinha.
-Desculpa. - Murmurei. A minha cabeça doía-me, a minha respiraçao estava farta. - Diz que me perdoas.
-Perdoar-te de quê? - Perguntou confuso.
-Por tudo... - Murmurei.
Desde á quanto tempo é que eu nao usava o meu poder? Nao sei. A minha mente reagiu depressa e no instante em que abri os olhos, tinha um Diego com cara de confusao a minha frente, parado e a olhar-me acusador. Tremi e gemi por entre dentes. Virei costas e depois acobardei-me.
Porque é que tinha sempre que ir parar ali? Eu a fugir e a deixar alguem para tras a sofrer. Um ciclo vicioso. Que só iria parar com a minha morte. Dei-lhe um beijo nos labios perplexos e parados. Quando eu avançasse uns metros Diego descongelaria, mas nao me importava se ele viesse atras de mim. Decerto nao viria. Eu acabaria por morrer...
Como fui tao burra ao achar que tinha uma saida? Uma segunda hipotese! Eu nao...nao tenho mais nada, bem que posso esquecer. Começei a correr sem olhar para trás, corri sem destino. Até que dei uma volta de repente e segui sempre em frente com mais pressa que antes, a minha mente sabia melhor que eu propria aonde eu queria ir. Parei e deixei-me ficar parada em frente ao enorme campo onde tinha encontrado Mazuna. Os meus olhos olharam em volta e vi-a petreficada no meio das arvores.
-Eu... - Murmurei - Desculpa.
Tinha que lhe pedir desculpa pelo quao fraca tinha sido.
-Nao á problema, eu tambem fugi.
Começei a soluçar e agarrámo-nos uma a outra. Ouviu-se um barulho por entre a folhagem e virei-me sobressaltada.
Claro.
Eu nunca tinha hipotese, nao podia recuar, nao podia fugir. Restava-me esperar que nao fosse doloroso e que no fim eu nunca mais pudesse ver, sentir ou respirar.
Queria apenas perder-me e pronto...flutuar talvez...sozinha. Andar a deriva nao sei bem de quê, mas...como poderia eu esperar ter uma morte tao facil? O vulto avançou até mim com a respiraçao pesada, rosnei de forma ameaçadora e Mazuna silvou. Semicerrei os olhos e deixei-me ficar no meu lugar. Atrás do vulto apareceram mais 5. Era o meu fim, eu já o devia saber. Uma faca cortou o ar deitando pingas de sangue pelo chao. Caí de joelhos e deixei-me ficar no chao, a respirar pela ultima vez, a sentir a terra desfazer-se nas minhas maos, a sentir um sabor a sangue na minha boca enquanto ouvia....ouvia os gritos de Mazuna e depois mais um corte em mim. E outro. E mais outro. Por fim a minha mente apagou-se.
Era como eu imaginava, tudo escuro, sem nada a pesar-me na mente. Estava feliz, e de repente o negro deu lugar ao prateado e começaram a soar uns sinos. Aquilo irritou-me, mas estava morta, nao importava certo? Entao senti uma mao tapar-me a boca e arrastar-me por um corredor fora, tentei combater, lutar, mas de nada servia. Fui arrastada para mais fundo e mais fundo até chegar a um precipicio fundo. Mas nao era escuro no fundo como todos os outros precipicios, este tinha labaredas de chamas a queimar e ouviam-se gritos profundos e dolorosos.
E eu fui arrastada até lá.
FIM
COMENTEM PLEASE! É O ULTIMO! VÁ LÁ!!
EU ACEITO TODOS OS TIPOS DE COMENTARIOS, ATÉ SE DISSEREM QUE ESTÁ RIDICULO, MAS É IMPORTANTE PARA MIM SABER O QUE ACHARAM DESTE CAPITULO!
COMENTEM!!
Se tinha que dar as minhas recordaçoes para ter Diego ao meu lado...
Preferia ficar sozinha.
-Desculpa. - Murmurei. A minha cabeça doía-me, a minha respiraçao estava farta. - Diz que me perdoas.
-Perdoar-te de quê? - Perguntou confuso.
-Por tudo... - Murmurei.
Desde á quanto tempo é que eu nao usava o meu poder? Nao sei. A minha mente reagiu depressa e no instante em que abri os olhos, tinha um Diego com cara de confusao a minha frente, parado e a olhar-me acusador. Tremi e gemi por entre dentes. Virei costas e depois acobardei-me.
Porque é que tinha sempre que ir parar ali? Eu a fugir e a deixar alguem para tras a sofrer. Um ciclo vicioso. Que só iria parar com a minha morte. Dei-lhe um beijo nos labios perplexos e parados. Quando eu avançasse uns metros Diego descongelaria, mas nao me importava se ele viesse atras de mim. Decerto nao viria. Eu acabaria por morrer...
Como fui tao burra ao achar que tinha uma saida? Uma segunda hipotese! Eu nao...nao tenho mais nada, bem que posso esquecer. Começei a correr sem olhar para trás, corri sem destino. Até que dei uma volta de repente e segui sempre em frente com mais pressa que antes, a minha mente sabia melhor que eu propria aonde eu queria ir. Parei e deixei-me ficar parada em frente ao enorme campo onde tinha encontrado Mazuna. Os meus olhos olharam em volta e vi-a petreficada no meio das arvores.
-Eu... - Murmurei - Desculpa.
Tinha que lhe pedir desculpa pelo quao fraca tinha sido.
-Nao á problema, eu tambem fugi.
Começei a soluçar e agarrámo-nos uma a outra. Ouviu-se um barulho por entre a folhagem e virei-me sobressaltada.
Claro.
Eu nunca tinha hipotese, nao podia recuar, nao podia fugir. Restava-me esperar que nao fosse doloroso e que no fim eu nunca mais pudesse ver, sentir ou respirar.
Queria apenas perder-me e pronto...flutuar talvez...sozinha. Andar a deriva nao sei bem de quê, mas...como poderia eu esperar ter uma morte tao facil? O vulto avançou até mim com a respiraçao pesada, rosnei de forma ameaçadora e Mazuna silvou. Semicerrei os olhos e deixei-me ficar no meu lugar. Atrás do vulto apareceram mais 5. Era o meu fim, eu já o devia saber. Uma faca cortou o ar deitando pingas de sangue pelo chao. Caí de joelhos e deixei-me ficar no chao, a respirar pela ultima vez, a sentir a terra desfazer-se nas minhas maos, a sentir um sabor a sangue na minha boca enquanto ouvia....ouvia os gritos de Mazuna e depois mais um corte em mim. E outro. E mais outro. Por fim a minha mente apagou-se.
Era como eu imaginava, tudo escuro, sem nada a pesar-me na mente. Estava feliz, e de repente o negro deu lugar ao prateado e começaram a soar uns sinos. Aquilo irritou-me, mas estava morta, nao importava certo? Entao senti uma mao tapar-me a boca e arrastar-me por um corredor fora, tentei combater, lutar, mas de nada servia. Fui arrastada para mais fundo e mais fundo até chegar a um precipicio fundo. Mas nao era escuro no fundo como todos os outros precipicios, este tinha labaredas de chamas a queimar e ouviam-se gritos profundos e dolorosos.
E eu fui arrastada até lá.
FIM
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Olá!
ResponderEliminarEu sei que não comento muito frequentemente mas sempre acompanhei a tua fic e adorei!
Muito boa mesmo, parabéns!
Espero que escrevas outra :)
Beijinhos