Nightmare

3º Capitulo (Continuação)





(Ouçam a musica!)

-O que te leva a pensar que eu sou um dos deles? O que te leva a pensar que os vampiros e lobisomens existem? Vá lá! Isso são histórias para as criancinhas comerem tudo! – Expliquei. Ela olhou-me com um ar incrédulo e depois desapareceu da minha vista. Levantei-me de imediato.
-June! – Chamei-a.
-Aqui. – Ouvi a voz dela. Olhei para o topo de uma árvore a lá estava ela. Com os olhos negros como a noite.
-Como foste aí parar? – Seria ela mesmo uma vampira? Meu Deus!
-Tu podes vir ter comigo. – Respondeu simplesmente. Olhei para o tamanho da arvora. Gigantesca. Não conseguia subir aquilo. – Pensa rápido! – Disse ela aparecendo atrás de mim e dando-me uma estala quando me virei.
-Hei! – Queixei-me. Comecei a correr atrás de June. Logo fiquei cansada. June era mesmo uma vampira mas eu não era um daqueles seres de que ela falara. Estava provado. Depois senti June aproximar-se e por instinto virei-me e torci-lhe o braço. Fiquei ali segundos petrificada a pensar no que tinha acabado de fazer. Larguei June. Esta sorria.
-Apanha-me se conseguires! – Impeliu-me começando a correr a uma velocidade estonteante.
-Só podes estar a gozar comigo! Jamais te conseguirei apanhar! – Respondi olhando em volta procurando-a com os olhos.
-Começa por correr devagar ao teu estilo antigo, humano! Logo vais conseguir. – Fiz o que a voz dela mandou porque não a conseguia ver. Comecei a correr parecendo uma maluca. Doida varrida! Mas depois comecei a ver June. Ela parecia estar a esperar por mim pois á medida que o tempo passado eu ficava mais perto dela até que a alcancei.
-Porque abrandas-te? – Perguntei admirada.
-Eu não abrandei. Tu é que corres como uma vampira! – Respondeu. Olhei para as minhas pernas. Pareciam muito normais. Olhei para June. Esta começou a correr por uma árvore. Se eu estava mesmo a correr como ela certamente que consegui fazer aquilo. Tentar não custava. Comecei a correr na direcção de uma árvore e trepei-a só com as pernas e depois sentei-me num dos seus galhos. June bateu palmas.
-Muito bem! Estas prontinha para dares uma valente sova a qualquer patife! A tua força deve estar em pique! Mas tens de controlar isso! Tens de controlar os teus movimentos. – Começou a dizer mais baixo como se estivesse a falar com os seus botões. Sussurrou algo que eu não entendi depois.
-Então… mas porquê que o Parker foi-se embora ao certo? – Perguntei ainda meia confusa. O facto de eu ser uma dos Glorious não tinha qualquer relevância, na minha opinião para o súbito desaparecimento de Parker. June ficou pensativa durante uns segundos.
-O Parker foi-se embora porque ele magoou-te e o mais certo é que os teus instintos de Gloriou que foram despertados por a mordedura dele o tentem destruir. É mesmo assim a vida… - June tinha os olhos baixos e um ar um tanto quanto triste enquanto proferiu aquelas palavras e depois um sorriso muito tristonho aparece-lhe no rosto, porem, não se estendeu até aos olhos de June.
-Eu perdoo. – Disse eu de súbito. Era verdade. Eu perdoava aquele erro de Parker. Não me importava por ele me ter magoado fisicamente.
-Não estas a perceber. – Começou June. – Ele não só te magoou fisicamente como magoou-te aqui… - Disse ela tocando com a mão no coração. Observei com atenção o gesto dela e por momento procurei ouvir um coração palpitar mas não o ouvi. Só uma corrente perra de um sangue gelado e duro ali estava parado. – Anda. – June desapareceu da minha vista e eu comecei a correr atrás dela. Depois ela parou. Á minha frente estendia-se um grande casarão. Não era um casarão. Era um castelo negro… muito negro que fez os meus braços arrepiarem-se quando paramos. June porem estava muito confiante e super á vontade. Naquele local o céu era negro e o voo dos pássaros agitado e mesmo estes pássaros eram negros e assustadores. Vi uma grande tabuleta que dizia: ‘Família Johnson’.