1º Capitulo - Preservativos Furados

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Dei uma volta na cama e depois outra. Estava com o sono muito inquieto. Ao meu lado, Jacob ressonava, um ressonar forte e seco. Parecia um porco a roncar.
Dei mais uma volta na cama e senti-me a perder o equilíbrio. De repente já não estava no colchão e sim no chão de madeira seca e ferrugenta. Depois senti dor no meu braço que me tinha suportado e os meus olhos abriram-se e com um som de dor que podia ser audível por La Push inteira eu tremi e Jacob acordou estremunhado com o meu uivo. Ao ver-me deitada no chão a gritar de dor, levantou-se e foi até mim.
-O que se passa Bella? – Perguntou.
-Ah! Merda! Acho que tenho um prego ferrugento espetado no braço! – E continuei a gritar de dor.
Jacob elevou-me com cuidado e vi mesmo que tinha caído com força em cima de um espigão sobresaliente do chão. Magnifico! O som de batidas secas na porta fez-me arquejar de dor e voltar a tremer. Jacob levantou-se do chão onde me estava a apoiar e dirigiu-se á porta.
-Ah…olá Emily, Sam…bem, a Bella aleijou-se. – Ouvi Jacob dizer.
-Deste-lhe forte ah? – Perguntou Sam.
Senti as minhas bochechas queimarem.
-Hum…nem por isso… - Admitiu Jacob.
Sim, era verdade. Eu ainda era virgem. E a culpa era minha pois, sempre que Jacob tentava alguma coisa eu afastava-o. E não era nada bonito da minha parte.
Emily entrou no meu quarto com um doce sorriso desfigurado e chegou-se até mim.
-Provavelmente precisará de pontos… - disse ela – como é que caíste?
-Estava com o sono inquieto. – Disse eu tentando não explicar a razão do meu inquieto sono.
-Tens que levá-la ao hospital. – Disse Sam.
Olhei para a forma como Jacob estava vestido e tremi. Ele ainda ia ter que se vestir, eu não era capaz de esperar tanto tempo. O buraco do meu braço ardia convulsivamente.
-Eu levo-a. – A voz de Emily era segura.
Jacob olhou para mim e acenou. Emily segurou-me pelo meu braço bom e puxou-me com delicadeza em direcção ao carro de Sam e Emily. Uma carrinha ferrugenta com ar de ser perra. Ela abriu a porta para mim e eu sentei-me no banco de ocupante. Emily conduziu por entre as árvores verdes e húmidas que nos cercavam e eu tive que reconhecer que ela conduzia muito bem. Não devagar nem depressa, normal e bem. Eu era mais taralhouca na condução. Reconheci a música que estava a passar na rádio e aumentei o volume batendo o pé e tentando sincronizar-me. Emily olhou para mim e ergueu o sobrolho.
-Sério? – Perguntou ela.
-Completamente! Robert Pattinson – Bella’s Lullaby. É uma das minhas músicas favoritas! – Disse eu arregalando os olhos.
-Ok…eu gosto mais da Let me sing. Não sei se conheces. – Referiu ela.
-Sim! Adoro! – E assim continuámos a falar das músicas do Robert Pattinson, que é um pão! Fiquei admirada ao saber que ela pertencia ao clube “Este é um dos jovens que sofre de Alzheimer” por parte de J.B. Tínhamos tanto em comum! Quando cheguei ao hospital, os pontos que me coseram fizeram a minha memória resfriar como um balde de água fria, perante a lembrança do meu ultimo aniversario onde tinha sido jogada para cima de um piano como se de uma bola de râguebi se tratasse. Eu não sou pessoa para ser jogada por aí.